quinta-feira, 28 de julho de 2011

O que fizeram de nós

Sorrir pra disfarçar
Sofrer e não chorar
Querer, sem levantar
Dizer e não falar
Desajeitado, desamparado
Angustiado, por não entender

Dormir pra acordar
Benzer pra não pecar
Andar sem refletir
Tentar sem conseguir
Desajeitado, desamparado
Angustiado, por não entender

É tão fácil arruinar nossas vidas
Na feira, botar pra vender
Jogar nossos sonhos pros ares
‘que tem que morrer
É tão fácil viver em receios
Sem luz, nessa embriaguez
Um malte bem seco e sem gosto
Mostrando o desgosto que é (se foder) se perder

Tenho fome de dinheiro pra poder comer
Terra seca, gota d’água não quer mais chover

Desiludo em canções sem prazer
Meu anseio é tentar refazer
O que nunca tentou ser desfeito
Pensar no direito de poder vencer
Nossos olhos pra sempre molhados
Esvaindo o que faz perecer
Relembrar o que era passado
O que foi consumado, tentar reviver (- me faz renascer)

Tenho fome de dinheiro pra poder comer
Terra seca, gota d’água não quer mais chover

Sorrir pra disfarçar
Sofrer e não chorar
Querer, sem levantar
Dizer e não falar

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