sexta-feira, 23 de julho de 2010

“Alguém precisa realmente cuidar um pouco mais da nossa pobre língua – nosso principal instrumento de pensar e viver”.

A advertência foi feita pelo diplomata e escritor José Guilherme Merquior, num artigo de jornal nos idos de 1981. Pena que não tenha surtido efeito…

A língua portuguesa vive um de seus piores momentos: padronizada por decreto, banalizada pela mídia, maltratada por estudantes, professores e até pelos escritores da moda, ela é hoje a demonstração categórica do empobrecimento cultural do país. E já são poucos os que se dão conta de que a recuperação de nossa cultura e de nosso pensamento passa – inexoravelmente – pela restauração dos altos padrões de uso do idioma, que se perderam..."

Essa é a parte que nos interessa desse texto. O que, realmente, é a tal da língua portuguesa? Porque, querendo ou não, as mudanças que ocorrem através dos tempos - em qualquer idioma - se dá através das mudanças que a sociedade sofre. Uma vez, "você" era visto como algo banal para o idioma português - brasileiro, pelo menos - e hoje é tido como padrão nacional. O "tu", que demonstrava a informalidade da língua passou a ser formal - se não pra todos, pergunta pros crentes 'comé' que eles chama Deus (você ou tu?!, hein?!!)...

Enfim, pra resumir o que eu penso sobre, vai o que um amigo disse:

"... os padrões antigos são substituidos por novos padrões, e estes são impulsionados por uma série de fatores... fatores novos criam novas possibilidades de expressão, e novas possibilidades de expressão não podem ser vistas como retrocesso." ("Don Luiz").

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