domingo, 26 de dezembro de 2010

NYA

Como raios, relampagos e trovões

No meio da estrada
Sentado à Lua
Na curva das emoções

Na nota vivida
Loucura abriga
No sonho de três ilusões

São raios, relampagos e trovões

No transcendente
Num cronos maluco
Com chuva, a prudência e a razão

Num sopro de vida
Nas veias, bebida
Deus toca com o meu violão

Estrelas escrevem o céu
Sou sóbrio, carente, fiel

No meio das linhas
Disturbios, corridas
Carreiras no verde do chão

Sou raio, relampago e trovão

A arte da Prudência

A Arte da Prudência
Ricardo do Vale



Quando eu soube da notícia de que 13 CAPS de diversas cidades se reuniriam para uma exposição artística eu tive uma epifania – é agora. Os sinais se encaixam, sim, "Deus" nos chama.
Começamos a ensaiar há duas semanas, após sete anos separados e com um membro trocado. Mas, apesar de tudo no entanto... Entre mantras de Krishna e músicas do Metallica, num Domingo à noite, o Potioritese volta a ensaiar. O processo criativo foi tão intenso que entrei em transe, e toquei com um objeto (que não identifiquei ainda) e a chave da casa.
Ali saíram duas músicas: Paraíso Transcendente e Suje a Xuxa. Os meus dois amigos saíram completamente eufóricos, e eu fui meditar.

E de repente surge a notícia: exposição de artes. Muitas cidades. Sim, claro, não pensei em fama, dinheiro, sucesso, mas o fato é que eu queria fazer algo prático e executar a minha Sabedoria em alguma coisa. Passei anos dando discursos sobre mudar o mundo ou mesmo fazer uma coisa, ainda que pequena, para ensinar algo a quem estava ao meu redor.
A hora chegara.

Na noite anterior, Lord Cronos e Atos Veda foram à minha casa ensaiar. Meu primeiro desejo foi iniciar uma exposição discursiva sobre uma obra de Hesse, no meio da rua no bairro dos Estados.
Mas eu queria fazer algo real em minha vida. Queria dar uma aula prática, porque eu passara 15 anos sofrendo, tagarelando sobre as injustiças sociais e a situação emocional das crianças no mundo de hoje.
Levei Cronos e Veda até a padaria. Quando atravessávamos a rua, eu sentei no meio da Avenida Principal, coloquei a obra de Hesse no chão, e comecei a tocar e cantar “Confortably Numb”. O cronômetro ia avançando – eu passaria um minuto ali. Os carros começaram a se desviar, e uma moto teve um freio brusco. O tempo parecia congelado. Atos Veda ria, e não chegou nem perto. Lord Cronos – que faz mestrado em Ciências da Computação – chegou, sentou, riu, mas saiu.
Eu passei um minuto exato ali.
Levantei-me, um carro buzinou ao meu lado, outro passou indignado.
Peguei o violão de Veda, entreguei-lhe e disse aos dois:
- Podem ir embora. Não estão prontos para amanhã.

Fui na lan House, entrei no Orkut, conversei com o rapaz sobre a situação do mundo atual. No MSN conversei com Bruno, que naquela noite adotara o nome de “Trilex+café+cigarro”. Vi que o cara queria desabafar, me despedi – queria ser normal um pouco, tinha ido longe demais.

No caminho de volta, estabeleci que Sete dias depois, no nascimento da Lua Nova, procuraria meus amigos e lhes contaria o sentido do ensinamento.

No dia seguinte, às 5 da manhã, eu estava na frente da casa de Atos Veda tocando “Comfortably Num”. Simplesmente bati palmas, acordei todo mundo e disse:
- Diga a Leandro que acorde pois temos compromisso.
Eu estava vestido de preto da cabeça aos pés, com um baby look.
Veda sai praticamente dormindo, diz “Você acha que vou tocar depois de ontem?”, pego em suas mãos, digo “Vem cá filho”, conto uma história mirabolante sobre o sábio Hamakrishna e praticamente obrigo o menino a fazer uma serenata na janela de Cronos.

Na janela de Cronos:
- Suje a Xuxa/Com seus belos pôneis/ e cantando/ ilariê/ surge....
- Toca baixo. (Cronos, que acorda).
- Perdoai-me por ontem, na verdade, apenas pela parte final.
- Não perdôo.
- Compreendo você. Eu...
- Mas é esquecível.
- Vinde. Tomaremos café lá em casa! – eu disse.

Num local enorme, com uma estrutura gigantesca, estava o antigo Potioritese. Veda usava óculos escuro, e fumava um Lucky Stike. Bebíamos água, numa mesa especial.
Quando vi aquilo tudo eu fiquei orgulhoso, mais por eles que por mim.
Porque minha intenção era outra.

Tocaríamos na hora do almoço. Até ali, entre exposições de arte que incluíam uma louca altamente obesa que recitava poesias transcendentais, eu e Veda trocamos de camisa, de roupa e tudo. Meu plano era confundir todo mundo.
Brinquei no parquinho infantil, passei por uma criança e disse “Eis o único sábio desse lugar!”, o menino olhou de soslaio e continuou a brincar de balanço, e pedi o mp3 de Veda.
Entro em novo transe.
Escutando Metallica em cima da casinha do escorrego, começo a me soltar, dançar, encontrar-me com o Eu Supremo.

Subimos no palco.
- Tem psiquiatras aqui?
Ninguém responde.
- Psicólogas? Ah queridas... Assistentes sociais... Quem aqui gosta da reforma psiquiátrica?
Apesar do silêncio das pessoas eu permanecia convicto de que estava executando a minha missão com sucesso.
Tocamos Suje a Xuxa. A reação da platéia não pode se definida. Alguns bateram palmas, mas a maioria parecia grelado naquilo se perguntando: Por quê?
A música termina e eu aplico a dinâmica: algumas pessoas iriam eleger quem era o bipolar dos três. E muitos responderam, colocando um número num papel. No final iria olhar: tudo foi empate.
Tocamos Fogo contra Fogo. Os pacientes entraram em estado de euforia completa, gritando “O Brasil é um país injusto!”. A diretora do CAPS veio e suspendeu tudo. Eu insisti.
- Só mais uma música... Tivemos tanto trabalho para ensaiar...
- Não Ricardo. Se isso continuar, os pacientes vão descompensar!
- Posso dar uma mensagem de agradecimento?
- Ricardo...
Ela fez um sinal, o cara do som liberou o microfone, e eu disse:
- A verdadeira sabedoria é tirar a roupa!

Eu e os meninos fomos buscar minha impressora no CAPS.
Toda a minha família estava acionada. “Sua mãe ficou branca quando recebeu a notícia”, me diria meu pai depois.
Diante da assistente social, fui convidado a ir a um posto em mangabeira tomar uma injeção para relaxar.

Diante do médico, penso: “Sim, o conheço. De outra encarnação”.
Ele explicava: não é uma questão de repressão. É equilibrar-se para viver em sociedade.
Eu olhava para ele. Cínico.

Na saída:
- Obrigado Doutor. Sabe, você não me é estranho. Estudou no IPEP?
- Não.
- No Objetivo?
- Sim.
- Então é isso.
- Eu tenho 29 também, sua idade. Talvez estudamos na mesma sala – disse Dr. Charles.
- Isso é possível.

O enfermeiro gentil aplicou em meu braço esquerdo uma injeção de Diazepam 10 mg.

Ligo para Cronos, depois de tudo. “Angel of Light, I See Your glory tonight, but you only bring darkness in my sooooooooooul”.

Ainda somos loucos!!!! E estamos ai.


Potioritese - Acidade (primeira versão)


Eufobia - 102 (Que velho desgraça!!!)

domingo, 19 de dezembro de 2010

"Se você acha o que eu digo fascista
Mista, simplista ou anti-socialista
Eu admito, você tá na pista
Eu sou ista, eu sou ego,
Eu sou ista, eu sou ego,
Eu sou egoísta, eu sou,
Eu sou egoísta, eu sou,
Por que não?
Por que não?
Por que não?..."

(Raul Seixas)

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Meu blues e o BRASILia

correndo
nem sequer saber onde chegar
sobrevivendo
a novela ainda vai começar
comendo
meu salário já tá pra acabar
morrendo, aos poucos
sem sangue novo pra me sustentar

qual é a maior besteira do mundo?
será que é mais fedido um difunto?
seu dinheiro fede mais que o meu fundo
quando está a cagar

seu terno
acredito, tem um cheiro de inferno
o enxofre do diabo vem junto
vc me lembra alguém
esse bigode parece o cabelo do meu 'junior'
oh no
aumento
desfaço
invento
enquanto isso, cê só quer saber se vai ter luxo amanhã

qual é a maior besteira do mundo?
será que é mais fedido um difunto?
seu dinheiro fede mais que o meu fundo
quando está a cagar

e se a moda é colorida
preto e branco compra a briga
maconheiro é vagabundo?
gente esperta é um absurdo
um rockeiro no além
ghandi e bob ainda zen
meu all star 'inda com furo
o meu sangue não é puro
a luzinha de natal
a rainha, o carnaval
argentina e bolivia
vai pra cuba ou pra china?
o repente e o trovador
coca cola é o terror!
a cachaça e a pinga
um latino cantador

vivendo com medo de morrer
sinto muito, seu dinheiro não te ajuda a viver
eu sei que ele fede mais que o meu fundo
quando está a cagar

(Leandro ATOS Ribeiro)

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Sabe, quando tudo mente? Tudo vai.

"O sonoro grito da consciência clama um silêncio
vai escorregando entre os dedos as opiniões
cansada esteja as preposições e derivados"

JuniorCronos

sábado, 4 de dezembro de 2010

Resposta à Marina Silva

O que eu não concordo é ter que ver seres humanos sendo tratados como bichos, tanto na favela, nas prisões, nas residências e afins. Por mais que seja bom ter essa sensação de paz, a violência está nos dois lados e todos sofrem com isso. Bandido com AK-47 ou de terno e gravata não devem ser tratados de maneiras diferentes, sendo ambos (pobre e rico) pessoas como eu e você... Enquanto a política brasileira favorecer a burguesia e tratar pobre como um qualquer, a violência que a gente vê nos jornais só vai aumentar e a periferia continuará criminosa. A mídia não se cansa de mostrar o "lado do bem", e muitos acham isso bonito - felizmente, não todos.

http://www.minhamarina.org.br/blog/2010/12/caminhos-para-a-paz-no-rio/comment-page-1/#comment-41227

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Pensamentos de fora da caixa...

Eu estava sonhando acordado
Pensando nas coisas que eu não poderia ver
Então dei por mim que eu estava sentado
Fumando um cigarro, procurando uma coisa para beber
Então comecei a pensar
Refletir sobre tudo ao meu redor
Crianças sorrindo, adultos falando
Estrelas brilhando... As nuvens virando pó

Sabe o louro dos seus cabelos,
Sabe no brilho do seu olhar a verdade
Caindo nas águas do céu, de um profundo luar

Pessoas numa quietude extrema
Só um grilo cantando, um cachorro latindo e a árvore a me abraçar
Objetos estranhos se fazem divinos
Pensamentos aflitos
Consciência fluindo
A luz dos postes a contemplar
Alguma coisa pra viver
Ruas desertas, pessoas trancadas
Uma vida rotina em janelas fechadas
Sem nada para dizer
Estranhos abrigos
O vento levando
O que eu não vou poder alcançar

(Atos, Cronos)

sábado, 27 de novembro de 2010

"A capacidade que eu tenho de entender as pessoas é a mesma capacidade que elas não têm de me entender." (Atos Ribeiro)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

And now she's dead

Why should I care?
You’re pretending I am nothing,
I am nowhere
But you’re just running and you’ve changed
The colour of your hair
But you won’t care, no, not you anymore

Goodbye, the day is gonna end another time
Those eyes, getting red becoming red as wine

Oh, I know...
Rose you like to cry because you’re so alone
Crying like a baby with your secret known
Knowing that the best thing is to get stoned
You don’t wanna cry another day
But you’ll see
Every day you’ll have to take your medicine
Nothing is gonna work, you’ll have to get a shrink
Spending your precious time committing many sins
You won’t have a life, it’s like I said

Why should I care?
You’re pretending I am nothing,
I am nowhere
But you’re just running and you’ve changed
The colour of your hair
But you won’t care, no, not you anymore

Goodbye, the day is gonna end another time
Those eyes, getting red becoming like a wine

Non-sense
Oh yeah I know that you, Rose, like to dance
Walking on the streets all nights for drugs and for friends
On a bed, you’re going mad, you like to be fancied
3 a.m. you always smoke a spliff
But you’ll find
Even if the secret known is deaf or blind
Even if the devil is like Jesus Christ
Even if your heart is blowing up your mind
You just have to stop it like I did

But why should I care?
You’re pretending I am nothing,
I am nowhere
But you’re just running and you’ve changed
The colour of your hair
But you won’t care, no, not you anymore
(Now rest in peace, and live like Satan’s whore)

Imaginária

"oi, se eu pudesse ter vc a noite inteira
e caminhar pelos seus rios estrelados
eu até sei que eu sou um hippie alucinado
mas eu quero ser seu

e uma vez dizer beijei a sua boca
ligar um fósforo à pedra hidroponica
um capuccino atormentado, numa selva acorrentado
e nas razões, desilusões de só morrer

porque na terra tudo vai mal
(é) como se a cartola tivesse sem mágica
o coração ser humano já apodreceu
e a nossa corrente que é feita de lágrima
quero é mais ficar.. com você

num futuro não distante, eu te conheci
do passado, esse sonho ainda desfruta
melancólico sucesso desse pensador
vem aqui, vamo tomar banho de chuva

e se o futuro navegar pelo sombrio
tão fácil quanto o presente dizer não
fecho meus olhos, dou meu ultimo suspiro
que o meu sonho seja mais que a escuridão

(isso é) um pouquinho de agonia que bate no peito
só um pouquinho de agonia que bate no peito"

(Leandro ATOS Ribeiro)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Currai

Esse tipo de agonia vem do chão aqui e acolá

Na grama seca a pedra preta, vou calcar

Nas minhas unhas a cinza de gado transportar

Na parede uma cuia com água lama nas minhas mãos vou jogar



Na rede estreita na varanda vou deitar

Olhar estrelas no céu um brasão de luz

Cometas se perdem numa cruz

Almirantes não se perdem se "conduz"


No olhar do campo verde

Escurece o rio pardo

Por onde passa o pequeno gado

No assobio o cão o guia

Tudo espia, tudo magia


Ary Junior




Loucura de todos os dias

essa vontade de mandar
que quer que eu vou fazer
lutar, trampar, bater cartão
só te satisfazer

se dá vontade de fumar
depois tem que comer
trepar, subir, cair no chão
cê nem a se foder

meu beija flor é desfiado
industrial como você
apurrinhado até o pescoço
na frente da tv

eu sei que todos tem bom senso
mas apontam sempre as leis
oh, como é bom cumprir tarefa
vem aqui me obedecer!

plena democracia?

é a era da vanguarda

plena democracia
la puta que te pario
1 centavo vale 9
lembra do meu beija flor?

é o meu karma incosciente
meu cilindro viciante
meu caminho pelo cronos
revolution be in mind

plena democracia?

agora é a era da vanguarda

se dá vontade de fumar
depois tem que comer
eu só quero ser normal
just like evrybody else does

(Ary Jr CRONOS, Leandro ATOS Ribeiro)

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Me parece uma desonestidade fundamental e uma traição à integridade intelectual ter uma crença porque pensa que ela é útil e não porque pensa que é verdadeira.

Bertrand Russel

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Ensinar a pensar

"O entendimento não deve prender pensamentos mas a pensar. Deve ser conduzido, se assim nos quisermos exprimir, mas não levado em ombros, de maneira a que no futuro seja capaz de caminhar por si, e sem tropeçar."

Immanuel Kant

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Manifesto obsoneto

[pros poetas ditos "sujos"
que nunca esquecem o modess e trocam de meia
de meia em meia hora]

Isso não é poesia que se escreva,
é pornografia tipo Adão & Eva:
essa nunca passa, por mais que se atreva,
do que o Adão dá e do que a Eva leva.

Quero a poesia muito mais lasciva,
com chulé na língua, suor na saliva,
porra no pigarro, mijo na gengiva,
pinto em ponto morto, xota em carne viva!

Ranho, chico, cera, era o que faltava!
Sebo é na lambida, rabo não se lava!
Viva a sunga suja, fora a meia nova!

Pelo pêlo na boca, jiló com uva!
Merda na piroca cai como uma luva!
Cago de pau duro! Nojo? Uma ova!

1981

Glauco Mattoso

sábado, 14 de agosto de 2010

From me...

"Não viva no passado, não sonhe com o futuro, concentre a mente no momento presente." ( Siddhārtha Gautama, Iluminado - Buda)

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

By Christ...

"Não vos inquieteis, pois, pelo dia amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal." (Mt 6.32)

sexta-feira, 23 de julho de 2010

“Alguém precisa realmente cuidar um pouco mais da nossa pobre língua – nosso principal instrumento de pensar e viver”.

A advertência foi feita pelo diplomata e escritor José Guilherme Merquior, num artigo de jornal nos idos de 1981. Pena que não tenha surtido efeito…

A língua portuguesa vive um de seus piores momentos: padronizada por decreto, banalizada pela mídia, maltratada por estudantes, professores e até pelos escritores da moda, ela é hoje a demonstração categórica do empobrecimento cultural do país. E já são poucos os que se dão conta de que a recuperação de nossa cultura e de nosso pensamento passa – inexoravelmente – pela restauração dos altos padrões de uso do idioma, que se perderam..."

Essa é a parte que nos interessa desse texto. O que, realmente, é a tal da língua portuguesa? Porque, querendo ou não, as mudanças que ocorrem através dos tempos - em qualquer idioma - se dá através das mudanças que a sociedade sofre. Uma vez, "você" era visto como algo banal para o idioma português - brasileiro, pelo menos - e hoje é tido como padrão nacional. O "tu", que demonstrava a informalidade da língua passou a ser formal - se não pra todos, pergunta pros crentes 'comé' que eles chama Deus (você ou tu?!, hein?!!)...

Enfim, pra resumir o que eu penso sobre, vai o que um amigo disse:

"... os padrões antigos são substituidos por novos padrões, e estes são impulsionados por uma série de fatores... fatores novos criam novas possibilidades de expressão, e novas possibilidades de expressão não podem ser vistas como retrocesso." ("Don Luiz").

domingo, 18 de julho de 2010

Conhecer pouco é a melhor amizade?

Nesses Domingos horriveis em que você acorda tarde e abre os olhos pra não fazer nada. Fui convidado para ir a um churrasco de velho colega com um amigo de infância que admiro pouco. Mas é o suficiente. Nesse encontro regados as cerveja,carnes e boas risadas. Uma banda de Anime muito legal com boas composições e melodias que soam bem aos ouvidos. O organizador da festa era um grandioso e que conheci pouco. Amigo das antigas e bota antigas nisso. O cara foi extremamente simpático comigo me deixou bem a vontade como se estivesse me conhecendo naquele mesmo dia.


Admirável cara, sem qualquer constragimento fui logo atrás daquela boa cerveja, lógico estava tão já entrosado com aquela recepção que fui logo na "carninha". Mas o que me chamou a atenção foi a aquela recepção. Foi tão diferente que passei a pensar o tempo todo. Pensei. Ele me conhecia pouco, porém me tratou muito bem. Ai, me veio o pensamento lógico e rápido sem qualquer constragimento. Ele me conhecia pouco foi o suficiente para me tratar bem e eu a ele. Então, em que sentido conhecer pouco é a melhor amizade? Bem, vantagens são: Não serás pertubado; Não terás desrespeito ao seu caracter; Não passarás constragimento em momentos sérios; Não serás de alguma forma agredido de forma verbal ou física e etc...


Conhecer o suficiente para melhor se conviver entre sociedade sem conflitos pessoais é o habitual. Quando se é um lider de algum fato que gere responsabilidade ai sim é necessário o conhecimento do controle de gerenciamento desta pessoa, mas seu caracter pessoal é divergente com o conceito de que sua vida pessoal e não faz parte da minha vida. Não leio livros de auto ajuda pelo simples fatos que os autores esbanjam seus atos autoritários e egoístas de sim mesmo com sua opiniões absurdas de suas experiências pessoais e dizem :"- façam isso e aquilo que serão bem sucedidos".

Ler romances e documentários sobre fatos reais que a razão tão individual parece no que se diz respeito a convicção de se está nesse mundo hóstil. Isso é uma grande defesa?

domingo, 27 de junho de 2010

Só pra explicar pra quem não entendeu...
Meu texto feito em Guarulhos não tem a ver com Deus, Jesus, merda e religião.
Fala sobre a vida. Se stress mata milhões de pessoas no mundo, pra que me estressar com as coisas? Ainda mais se elas não são reais (como disse Nietzsche)! Falo do real, do que se vê e do que se toca. Logos. Razão. THEOS.

sábado, 26 de junho de 2010

Resposta Atos

Tem razão quem usa a razão.

Uma historinha

Se papai Noel existe, e acreditamos nele, no natal ele entrará pela nossa chaminé para colocar presentes debaixo da árvore. Se papai Noel existe, e não acreditamos nele, ficamos sem presentes. Se papai Noel não existe, e acreditamos nele, nada perdemos. Se papai Noel não existe, e não acreditamos nele, nada ganhamos. Portanto, a opção mais vantajosa é acreditarmos no papai Noel.

— André Cancian

terça-feira, 22 de junho de 2010

E aí? Alguém explica?

"Só pra dizer...
To aqui no aeroporto de Guarulhos, às 23h04, e to esperando a hora de ir embora.

Porra... Passei tanta coisa legal, que me fez bem e que ultrapassou o sentimento que eu tava de agonia, raiva e tristeza. Aliás, tudo isso era estresse.

Quando eu tava fumando com o Puglia, eu percebi que as coisas realmente não está em nossas mãos. Mas se não tá em nossas mãos, onde tá? Em Deus. As coisas são manipuladas por Deos. Ele é o único que sabe o que vai acontecer, pois já está tudo escrito. Se a questão é se Deos é transcendental ou não, isso fica pro leitor. Eu acredito no que eu acredito! E não estou aqui pra falar qualquer coisa sobre. A única questão que me interessa é realmente o fato de eu não ter poder sobre as coisas e que eu tenho que aprender a confiar nEle. "Pede e relaxa. Esse é o segredo". Preciso dizer mais alguma coisa? Sei que, apesar de todas as perturbações, medos e afins, a minha vida é boa e eu realmente estou afim de 'curtí-la'. Não quero mais nada, só quero viver bem. Minha vida tem que valer a pena, e é isso que eu quero.

"Se as pessoas pensassem no bem estar da humanidade, o mundo seria muito melhor", mas ainda vivemos num mundo de merda - "mas estou vivo e não tenho medo". That's it, fellows! Let's focking do it! Nada mais importa. A gente tem que aprender a prestar mais atenção naquilo que está ao redor, porque é jjustamente isso que vai determinar a nossa vida. "Se é bom pra um, tem que ser bom pra todos, senão não é bom. E se não é bom pra todos, não é bom pra um". O mundo é compartilhado por todos. O capitalismo governa, mas isso não impede da gente pensar em (e fazer) coisas pra que tudo isso melhore.

E, pra fechar, outra coisa que o senhor Puglia me disse: "os caras que começaram as revoluções nunca viram ela ser concretizada; a vida é assim; Moisés nunca entrou na terra prometida, ele apenas a viu; nunca pisou". E o que eu te digo é o seguinte: se vc realmente acredita em algo, e acredita que isso não é bom apenas pra vc, mas pra TODOS (quando digo TODOS digo CADa INDIVÍDUO DO PLANETA), vai em frente, faça a diferença, e, se vc não ver o que conquistou, não pense que vc não conseguiu completar a sua missão por aqui; afinal, mesmo que vc não veja a terra da promessa, alguém vai plantar e colher nela por SUA causa.

Aproveite o que der pra aproveitar, e VIVA. Sinta cada momento e não deixe os outros mandarem em vc. VC constrói a sua história e a sua história constrói o mundo."

Leandro ATOS Ribeiro.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Raul e a Filosofia...

Se eu perguntasse pro Raul Seixas qual a sensação que a maconha dá, ele me explicaria mais ou menos assim...

"Ói, ói o trem, vem surgindo de trás das montanhas azuis, olha o trem

Ói, ói o trem, vem trazendo de longe as cinzas do velho éon

Ói, já é vem, fumegando, apitando, chamando os que sabem do trem
Ói, é o trem, não precisa passagem nem mesmo bagagem no trem

Quem vai chorar, quem vai sorrir ?
Quem vai ficar, quem vai partir ?
Pois o trem está chegando, tá chegando na estação
É o trem das sete horas, é o último do sertão, do sertão

Ói, olhe o céu, já não é o mesmo céu que você conheceu, não é mais
Vê, ói que céu, é um céu carregado e rajado, suspenso no ar

Vê, é o sinal, é o sinal das trombetas, dos anjos e dos guardiões
Ói, lá vem Deus, deslizando no céu entre brumas de mil megatons

Ói, olhe o mal, vem de braços e abraços com o bem num romance astral

Amém."

sábado, 24 de abril de 2010

Acordei...


Estou um pouco triste. Sai da banda. Distropya, ficou mais longe. Contudo o costume me levar a fica assim. Logo, logo me adaptarei a outras coisas. A música acredito que ficou um pouco mais longe. A mesma que eu sentia um incentivo, mesmo que a verdade era verdade, mesmo que o ditos eram fatos sem qualquer mentira, estou fora. Todos tem opiniões, todos tem suas razões, cada um tem seu conceito, sua vida.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Texto curto sobre o ar.

No meio há uma relva de ventos gelados no meio do real e cobiçado espaço o transcendental e agnóstico de um enfâme. A amizade causou um dano material que no final resultou em sonegação de prazeres. O grito ressaltou o dínamo em poeira com a solidez da fumaça branca e nociva aos pulmões que no trabalho tosse em sequências fortes e hostis a verdade da realidade. Cromos de conversas são interligadas e aparentemente o onisciente mais um vez foi declarado sem em vista esta presente ou marcadamente acentuando às mentes criadas no antepassado sem informações consistentes. O vento só existe porque é necessário haver tato para senti-lo. Sem isso ele é cego.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Quando a inspiração não vem.

Tentei esta semana ouvir meus pensamentos. Havia muito barulho, falta de atenção acredito. Mas conseguir me ouvir na mente pálida sem descanço. Ao meu redor a ignorância de olhares divididos. O que não me propiciava o mundo que eu tanto almejava no momento. Pobres códigos sem relevância insistiam em martelar minha mente. Os livros deitados me condiziam a minha fraqueza em querer lê-los. Minha mente treinada a lógica do materialismo real não estava tão visual. Eu estava no momento do enfraquecimento neural, empobrecimento de palavras no interior dos meus olhares. Minhas mãos estão mudas, travadas com um bloqueio que meu próprio "psique "comemorava. Nuvens de preocupação cutuavam minha agressiva perseverança em exigir um berço. Copos excessivos de água não regularizava meu conturbado dia sem inspiração. Portanto tentarei no minuto seguinte...